Finalmente
notícias do pai! Nunca pensei que fosse aqui que iria encontrar as tão esperadas
pistas que tanto ansiava. Depois de dias sem saber o que fazer, andar desamparada,
com medo de nunca mais saber nada dele… Tinha finalmente algo a que me agarrar.
O senhor Dylan, contou-me que o pai tinha saído naquela exata manhã, com uma mala
e bastante apressado. A partir deste momento todas as minhas esperanças desapareceram e fiquei sem saber o que dizer, não eram estas as pistas que esperava encontrar...
Não é possível imaginar a cara de espanto, surpresa e de
profunda estupidez, com que fiquei depois de me dizer aquilo. Quem não ficou a
perceber nada foi o senhor Dylan, que não percebia como é que o meu pai tinha
viajado e eu não sabia. Explicou-me que pensava que ele tinha ido ter com a mãe
à convenção. Mas, nem fiquei o tempo suficiente para que ele me pudesse
perguntar seja o que for. Agradeci, virei costas e fui a correr para casa. Fechei a porta, subi as escadas o mais rápido que pude e fechei-me no meu quarto.
Tanta coisa
me passava pela cabeça, tinha mil e uma ideias a passearem, todas misturadas, o
que não me permitia pensar direito. Tanta coisa para assimilar, que nem eu
sabia por onde começar.
O meu pai não
seria capaz de nos abandonar, muito menos de me deixar a mim e ao meu irmão em
casa sozinhos, sabendo que a mãe estava fora. Esta história não me convenceu, e
não iria ficar sentada a pensar que o meu pai saiu de casa de livre vontade.
Ele só podia
ter sido obrigado…
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