terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Troncos perdidos nos túneis

Ao contrário do que pensava, já sabia que direcção tomar e também não estava sozinha.
Antes de avançar, perguntei-me se seguir gritos desconhecidos, estando eu bastante longe da luz do dia, seria o mais aconselhável. Acho que não haveria outro caminho a tomar, apesar de existirem vários… Foi o único túnel que demonstrou algum sinal de presença de vida, mesmo que isso me pudesse tirar a minha.
Finalmente dei o primeiro passo em frente, em direcção ao local, que parecia ser a origem do barulho. Aquele lugar tornava-se cada vez mais esquisito, mesmo que já me estivesse a habitual a ele.
Após caminhar um pouco, começou a surgir um caminho de pedra. Como se alguém se tivesse lembrado de embelezar o local (sim, porque construir os próprios túneis, já não era suficientemente estranho), o que duvido que tivesse alguma utilidade, uma vez que não deveria ser habitual ter visitas.
Mas, se mantêm este sítio escondido, das duas, uma, ou é um local de tortura, ou há algo de muito valioso aqui escondido.
O túnel parecia nunca mais ter fim! E para piorar a situação, nunca mais ouvi a voz que me guiou até ali. Estava a ficar cada vez mais escuro, à medida que a luz, do candeeiro a petróleo, ia perdendo intensidade. Ao contrário da luminosidade, o frio era cada vez maior e o ar tornava-se mais pesado.

Com a pouca luz que existia acabei por tropeçar. Não percebia a razão, para existir alguma espécie de ramo ou tronco, ou outra coisa parecida ali perdida. Quando me tentei levantar, percebi que não tinha tropeçado num tronco, nem muito menos num ramo, o que ali estava era uma perna. Antes que pudesse entrar em pânico, reconheci a pessoa que ali estava. Era o senhor Dylan, e quando me recompus, vi que também ali estava a senhora Bridgit! Estavam amordaçados e atados com cordas, e conseguiam ver-me!

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